oiço lana ....que me faz recordar mazzy star.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
não te esqueças de lembrar-te sempre de mim!... diz lana
oiço lana ....que me faz recordar mazzy star.
domingo, 25 de novembro de 2012
a saudade fratura-me a vontade de desejar apenas o que é
o que em ti é estranheza para mim, faz-me martelar em forma de
indagações reiteradas com finitude longínqua, mas faz-me, também, palpitar e
prolongar-me o entusiasmo e o desejo retumbante.
o tempo não perdoa, mesmo que supliquemos que espere um pouco, que se
retenha um pouco, que nos permita comprazer com o que não temos sempre. o tempo
é constante, mas a saudade por ti - há quem diga, a saudade de nós
próprios, o amor-próprio, quando junto a outro - nega-me esta constante e fica
a perceção de ab initio do infinito.
a saudade deixa-me suspensa no que foi, no
que queria que fosse, no que deveria ter sido. a saudade fratura-me a vontade
de desejar apenas o que é.
sempre preferi esta angústia dilacerante, porque me permite ter
esperança. esperança do quê, não sei. nunca soube. talvez, esperança de
continuar a sentir o palpitar, o entusiasmo e o desejo retumbante, ad ephesios.
divago enquanto oiço asaf...
A meta para a
serenidade é o esquecimento.
Esquecimento do que
fui, contigo, enquanto a serenidade residia em mim.
A meta para a serenidade é deixar de ser quem sou.
A meta para a serenidade é deixar de ser quem sou.
A brisa sentida nos corpúsculos
de Krause açoita-me a alma como brasa e faz esvoaçar-me os pensamentos ainda
não olvidados.
Não sei se me queres. Não
sei se não passo de passatempo. Certa estou que há uma clivagem largamente
mirada entre os nossos quereres.
Vislumbro o vazio. O vazio deixado aqui em mim, por não agires. O vazio no teu olhar. Só opacidade!, vejo. Opacidade sem brilho. Vazio. Porque quero eu, então, o vazio que há em ti? Não sei porquê. Só sei que continuo a querer contemplar o teu olhar, mesmo que repleto de vazio.
Vislumbro o vazio. O vazio deixado aqui em mim, por não agires. O vazio no teu olhar. Só opacidade!, vejo. Opacidade sem brilho. Vazio. Porque quero eu, então, o vazio que há em ti? Não sei porquê. Só sei que continuo a querer contemplar o teu olhar, mesmo que repleto de vazio.
Mais certa estou, pois
mais certo é, de não queres fazer parte de escândalos. Não queres ser emblema em
tema. Sabido é que, os escândalos
dos outros soam a novidade que ocupa mentes e traz tema sem lema e com emblema.
Sabido é que, os nossos escândalos nunca nos entrelaçam no encanto e espanto.
Eu desejo-te ou desejo
tanto este desejo (nunca soube a diferença, como sabeis!) que me disponho a escândalos.
Quando junto a ti, tudo passa a pormenor. Tudo passa a resto.
Nunca vos pedi a opinião, mas vocês dão-na. Mas claro está, não a mim, porque
nunca a pedi e mais confortável para vós, até, dão-na ao mundo sem mim. Assim,
podereis dizer o que desejardes, porque não me têm para refutar, ou, só, argumentar.
Não vos censuro! - também, vos ofereci em forma de opinião os meus juízos de
valor. E mais injuriosa sou, pois os meus juízos repudiavam nos outros o que
penso hoje em cometer.
Opiniões!...
Por vezes, as opiniões distorcem a verdade,
sempre tão escorregadia, pensando na verdade como a vivida, vista e sentida no
plano real.
Se quereis reconstruir a verdade, solicita
todas as versões aos actores. Assim, estarás mais próximo do cenário realista
da realidade, da verdade que, provavelmente não querias ouvir. Assim, filtras o
teu portador da verdade e tens o teu gerador da verdade - o estado dos factos. Assim,
estarás mais próximo da verdade que me desculpabiliza.
Em rol de maldizeres, nunca perguntaram pela
minha versão da minha verdade. E sei o porquê. Porque a verdade, - verdade seja
dita! -, é o que cada um quer que ela seja. Subjugamos a verdade ao que queremos da sua essência na nossa essência. A verdade pode ser útil. A verdade
pode ser mais interessante. A verdade pode ser um bálsamo. Cada um escolhe e
crê na verdade que mais se aproxima ao que deseja que ela seja e não ao que é. A
verdade é que, escolhemos os geradores de verdade como os nossos mais apreciáveis
verazes, mas, nem sempre verdadeiramente confiáveis. Contrassenso? - Não! É
sabido da invariância da verdade, dependendo, até, de quem se quer sentenciar à
injuria.
Uma verdade vos digo: não sou honesta
para mim, porque não sei como se faz. Serei um ser não verdadeiro, porque não o
posso ser, e criei um ser postiço, longe da minha própria natureza
ditosa, copiosa, e …. odiosa. Odiosa por mim própria. Mas não sei ser este meu ser de outra
forma.
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
sinto-me pouco eu, perto de ti.
Com rosto impassível, conversas.
Eu: oiço-te. Mas oiço sempre metade. Não oiço o que proferes.
Oiço a minha imaginação e ela pouco espaço dá para te
escutar, como qualquer um merece. Vou-me perdendo na contemplação do teu rosto. Pego na
conversa a meio. Pego na conversa no fim.
Sinto-me pouco eu, perto de ti.
Com rosto impassível, conversas.
Eu: respondo. Mas respondo sempre metade. Não respondo o que
queria proferir. E quando o faço parece que tenho de medir a dimensão das
palavras que conseguiram ganhar espaço neuronal. São poucas as palavras que
ganharam espaço.
Em discurso a roçar o gélido, com postura inquebrável, no
entanto, tens valores morais infrangíveis e apreciáveis, pouco comuns.
Sinto-me pouco eu, perto de ti.
Sinto que não me deixo conhecer. Não me deixo conhecer
porque não me deixas dar a conhecer? Parece nascer indiferença em ti quando
falo em mim. Não me queres conhecer?
Quero estar perto de ti, mas estranhamente sinto-me muito
pouco eu, porque acho que não te interessa o meu eu. Penso, que, também, porque me sinto avaliada.
Não julgar antes de conhecer! - Mas julgamos sempre. E
conhecer? - Nunca conhecemos! Se assim é, porque divago eu.
Quando chego a este espaço, a este mesmo espaço, tão exíguo
sem ti, sou invadida pela amargura de não te ter segredado os meus sonhos, de não te
ter falado sem freios. Faço-o em multidões e não o faço contigo.
De facto, sinto-me pouco eu, perto de ti.
Mas longe de ti, também, já me sinto pouco eu….
Prefiro o pouco de mim perto de ti.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
é esta dualidade que tipifica a minha unicidade
Na explosão de emoção, o corpo exprime.
Na nulidade de emoção, o corpo exprime.
Vive-se desta dualidade.
Vive-se nesta dualidade.
Se te quero, não posso.
Se posso, não quero.
Vive-se desta dualidade.
Vive-se nesta dualidade.
O cristalino da dualidade torna-nos vulneráveis aos poderes/quereres e poderes/fazeres dos outros.
Nem sempre nos são oferecidas as oportunidades de querermos o que podemos.
Ou podemos, mas não queremos.
Ou queremos e não podemos.
Não sei porque estranho a tua dualidade.
Não me conheces mas queres-me.
Queres-me porque anseias conhecer-me?
Queres-me porque queres descobrir o meu tanto querer?
Queres conhecer a minha explosão de emoção na expressão do corpo?
Surgiu-me clarividência!! Não há dualidade em ti. Só em mim e em ti que existes em mim. Eu não me conheço e transponho as minhas dúvidas sobre ti para uma dualidade nunca nascida. Leio em ti o modo como lês o mundo.
Para ti, somos hólon, em que a própria intersubjetividade e relatividade oferecem o sentido, e encontram a unidade tudo, começando em nós.
Para ti, queres-me! e podes.
Para ti, queres-me para me descobrires em explosão de emoção na expressão do corpo.
És claro.
Vês com clareza.
Eu verei sempre tudo entre uma dualidade incandescente que me enevoa o discernimento e eventualmente te agita a tua afincada clareza confortável.
Hoje, ao ter-te em mim vislumbras o exagero. A luxúria.
Amanhã, ao ter-te em mim sentes a suavidade do romance - que provavelmente transbordará, também, em exagero.
Ter-te em mim, será, sempre, uma troca de toques secretos únicos. Como se em tela nos visse, mas nunca pintada e jamais levada à obra encenada.
Sou assim. Poesia em tudo o que penso e questionamento sobre tudo o que fiz, não fiz e poderia ter feito.
Contudo, também, é esta a dualidade que tipifica a minha unicidade.
Na nulidade de emoção, o corpo exprime.
Vive-se desta dualidade.
Vive-se nesta dualidade.
Se te quero, não posso.
Se posso, não quero.
Vive-se desta dualidade.
Vive-se nesta dualidade.
O cristalino da dualidade torna-nos vulneráveis aos poderes/quereres e poderes/fazeres dos outros.
Nem sempre nos são oferecidas as oportunidades de querermos o que podemos.
Ou podemos, mas não queremos.
Ou queremos e não podemos.
Não sei porque estranho a tua dualidade.
Não me conheces mas queres-me.
Queres-me porque anseias conhecer-me?
Queres-me porque queres descobrir o meu tanto querer?
Queres conhecer a minha explosão de emoção na expressão do corpo?
Surgiu-me clarividência!! Não há dualidade em ti. Só em mim e em ti que existes em mim. Eu não me conheço e transponho as minhas dúvidas sobre ti para uma dualidade nunca nascida. Leio em ti o modo como lês o mundo.
Para ti, somos hólon, em que a própria intersubjetividade e relatividade oferecem o sentido, e encontram a unidade tudo, começando em nós.
Para ti, queres-me! e podes.
Para ti, queres-me para me descobrires em explosão de emoção na expressão do corpo.
És claro.
Vês com clareza.
Eu verei sempre tudo entre uma dualidade incandescente que me enevoa o discernimento e eventualmente te agita a tua afincada clareza confortável.
Hoje, ao ter-te em mim vislumbras o exagero. A luxúria.
Amanhã, ao ter-te em mim sentes a suavidade do romance - que provavelmente transbordará, também, em exagero.
Ter-te em mim, será, sempre, uma troca de toques secretos únicos. Como se em tela nos visse, mas nunca pintada e jamais levada à obra encenada.
Sou assim. Poesia em tudo o que penso e questionamento sobre tudo o que fiz, não fiz e poderia ter feito.
Contudo, também, é esta a dualidade que tipifica a minha unicidade.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
como poderás ver-me, se estou ali?
sou coberta pela vontade de te segredar...
ainda agora aqui estás, e já sou só saudade balofa, em alma anorética. já nada mais resta de mim, contigo aqui, pensando o que será de mim sem ti.
apetece-me provocar-te e perguntar-te se queres um bólus de intumescimento de ego?
tenho saudades de ti, só de pensar do que será de mim quando dás um passo em frente, a caminho da porta. e atrás dela, só não te vejo, mas vejo o sopro, que sopra sempre, e tanto, para o amanhã, que nunca mais alcanço o seu vislumbre e o teu semblante.
o tempo desagrega-se em mim, sobre mim.
só amanhã te verei.
e nunca mais me chega o amanhã.
mas porque o quero? se hoje não cruzaste o teu olhar com o meu, amanhã nada mudará, e só intumescerá a solidão que há em mim, sabendo que nunca serás meu.
ai!, nunca serás meu!, - repito-o, para a verdade ser parte de mim. nunca serás meu, mesmo que sinta o teu beijo. o teu beijo só me é entregue, porque to ofereci. o teu beijo só repousou sobre os meus recetores e ressuscitou os meus sentires, porque eu estava ali.
parece que sinto o rasgar do desprezo lançado no teu olhar. mas porque não o deverias sentir? porque haverias de pensar em mim e ver a pessoa que sou quando estou ali?
como poderás ver-me, se estou ali?
ainda agora aqui estás, e já sou só saudade balofa, em alma anorética. já nada mais resta de mim, contigo aqui, pensando o que será de mim sem ti.
apetece-me provocar-te e perguntar-te se queres um bólus de intumescimento de ego?
tenho saudades de ti, só de pensar do que será de mim quando dás um passo em frente, a caminho da porta. e atrás dela, só não te vejo, mas vejo o sopro, que sopra sempre, e tanto, para o amanhã, que nunca mais alcanço o seu vislumbre e o teu semblante.
o tempo desagrega-se em mim, sobre mim.
só amanhã te verei.
e nunca mais me chega o amanhã.
mas porque o quero? se hoje não cruzaste o teu olhar com o meu, amanhã nada mudará, e só intumescerá a solidão que há em mim, sabendo que nunca serás meu.
ai!, nunca serás meu!, - repito-o, para a verdade ser parte de mim. nunca serás meu, mesmo que sinta o teu beijo. o teu beijo só me é entregue, porque to ofereci. o teu beijo só repousou sobre os meus recetores e ressuscitou os meus sentires, porque eu estava ali.
parece que sinto o rasgar do desprezo lançado no teu olhar. mas porque não o deverias sentir? porque haverias de pensar em mim e ver a pessoa que sou quando estou ali?
como poderás ver-me, se estou ali?
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
não escrevo sobre nós
escrevo sobre nós.
sempre fora uma compulsão escrever sobre o que não sei o que sinto enquanto
emoção.
quando não sei o que escrevo, parece que vislumbro a clareza da emoção
contida, até mascarada.
sempre fora uma compulsão escrever sobre o que sei que sinto enquanto
humidade quente, não liberta pelas glândulas sudoríparas.
só consigo escrever, quando deixo de tatear a coerência e sensatez e passo a
tatear o teu corpo e descubro a geografia do nosso corpo como um uno, mas
sempre divisível no fim do que nunca começou.
sempre deixei dançar o pensamento nas fantasias e reportei-as como o indizível
ao mundo, fazendo crer, não estando certa de querer ou não, que não sou eu que
as grito.
sentada, frente à chuva que não sobe, sobe o meu rejubilo de ter memória
mesmo do irreal. não lhe chamem sonho. é irreal, pois não se passou no plano
temporo- espacial que todos conhecemos (ou não!), mas sempre foi real para mim,
porque assim tanto o desejo.
escrevo sobre nós?
escrevo sobre o que não sei de mim, quando estou junto ao que acho que somos nós.
não escrevo sobre nós.
Como fugir do inevitável que nos persegue e desespera?
Não olho, mas vejo.
Não oiço, mas sei-o.
Não falo, mas falam-me.
Nem consigo fugir.
Nem fugir consigo, nem contigo.
Como fugir da crise?...
porque faço parte da solução senão faço parte do problema?
Porque nos trouxeram o que quiseram....
e sarcástica e ironicamente proferem que têm de nos levar o que não queremos e já não temos?
Nem consigo fugir.
Nem fugir consigo, nem contigo.
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