sexta-feira, 11 de maio de 2007

Para quem queira descortinar o insondável, não tente pegar pelo fio da linha temporal

Apenas são as minhas palavras.
São palavras
Retiradas do baú do passado, revistas no presente.
São palavras
Do presente já nascidas em ventre nú, morto.
São palavras
Surgidas de um vago pensamento, solto e dilacerado nas próprias palavras.
São palavras
Que se compõem para formar um pensamento.
São palavras.
E, só palavras

Palavras do silêncio

Serão as palavras o meu refúgio?
Será a plurisignificação das palavras o brinquedo que tenho entre os dedos?

Será que o pensar em ti me dá desalento aos ânimos, mas a loucura que preciso para soltar as palavras? Quero pensar que sim. Não penso em ti por ti, nem por mim. Penso em ti, porque me lança para o caos fraseológico, que tanto me apraz. Apraz-me conviver com a loucura que deixo viver - dá-me liberdade.

Prefiro que sejam as letras do silêncio.
Prefiro que estejam longe dos julgares que tentam calcar o juízo que quero perder.
Quero calar a palavra que ouvem.
Mas, quero exprimi-la.
É um brinde! Um brinde à vida.