quarta-feira, 13 de junho de 2007

Textos no fundo do baú com pó

alguns dos trechos que vos apresento no blog são retirados do UVA: uma vida arquivada, onde sempre guardei o meu passado: poemas, cartas, petalas de flores que me ofereceram... a publicação de 11 de Maio ("para quem queira descortinar o insondável, não tente pegar pelo fio da linha temporal") é uma alusão ao facto de ter vários retalhos de textos retirados do UVA e outros actuais ... é intuito deixar sempre a incognita permanecer... mas hoje digo-vos que este é de 1997.

Vida recheada de vidas salvas.
Uma salva de palmas.
Mas não é espectáculo.
Caminho com os olhos dos outros
Desviados da minha existência só.
Chego a pensar que não existo,
Mas se não existisse não pensaria que não existia.
Ou afinal não penso,
Ou afinal existo.
Sei que penso demais.
Não existo, penso.
Existo no pensamento
E o meu pensamento existe.