quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Encontrei a voz dos ditadores. Encontrei o rosto da fome


Vocifera-se a pena
em discursos cuspidos
que nunca salvou o seu penar.
Entre apertos de mãos
acorda-se quantas migalhas se vão despejar
sem a fome calar.

Oferecidos ao solo
pereceram já de sentença registada à nascença
pela posse de melanócitos acusativos da vislumbrada diferença.
Diferença móbil para ditar o dialecto do poder.

Encontrei-os já de mucosas cianosadas
em semblantes apáticos
em corpos prostrados.
Serão depois apenas matéria que será esvanecida
restando, apenas para alguns de nós, a memória sequiosa de ser esquecida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito lindo e real, minha amiga.
É com satisfação que vejo k ainda existem "pessoas" que se preocupam com a mis´ria que grassa neste pequeno planeta tão belo.

Bom fim de semana

Beijinho amigo

Mário Rodrigues

Anónimo disse...

Ola passei aqui por acaso, mas fiquei feliz por ver k alguem se preocupa com os outros mesmo quando não é Natal. Obrigado