quinta-feira, 10 de julho de 2008

olho sobre o vazio do meu olhar...


olho sobre o vazio...
do meu olhar....
no recreio dos meus pensamentos...
vejo neles o quente do teu corpo descoberto pelo meu olhar...
dancei a melodia dos nossos corpos entre lençóis...
adivinhas-me o prazer ainda antes de te ter...
é esta a ternura de te ter...
é ter-te sempre aqui...

em mim...
prevendo no meu olhar o que desejo de ti!


4 comentários:

O Profeta disse...

Errantes sentires percorrem
Este corpo nu de calor
Queda-se a vontade ao vento
Neste deserto de verde amor

Ai este grito contido
É lava rubra em minha garganta
Pio de pássaro preso às penas
Uma reza a fugir de alma santa


Boas férias


Mágico beijo

Anónimo disse...

Que poema tão cocó. Ganha juizo

Anónimo disse...

Elsinha,

Da ultima vez que falamos dei-te muito na cabeça por isso deixo-te o que de mais verdadeiro e puro contenho:

A sociedade desaparece por entre as nuvens,
Tudo se humedece, perde a forma, a cor e a razão…
Eu, de todos o que mais gritei, falta-me a voz…Soluço!

Espero enxergar de novo onde me pretendem, qual o meu papel?!
Sou personagem figurante, cenário de papel, risco de lápis, maquiagem de actor,
Sou vestido amachucado, cortina escorrida, palco almariado ou protagonista escondida,
Serei o que quiserem, neste palco de nuvens ténues e falsos espectadores…

O autor e coreografo, não acompanham a estreia da peça,
Todos se imiscuíram da sua convulsão artística e jazem algures no nevoeiro da rotina
Sem graça, sem mascara, sem vida!

Quero encontrar a minha oportunidade,
Brilhar no palco como na vida,
Mesmo entre as nuvens da desgraça
Por o momento todos me aplaudiriam em uníssono…

Faria da minha tristeza, graça;
Levantaria as marionetas descaídas e rotas no canto!
Seria contrabaixo e traria uma orquestra de sopro…
Poderia ser burro de trabalho atrás do dia de inauguração,
Mas teria sempre as palmas, ombro a ombro…

Para frente…para frente!
Chega de trabalho de prego e martelo,
Chega de inutilidades e cutelos de falsa necessidade
Chegou a hora da estreia!

Será a multidão de um teatro acabrunhado?
Será que concertaram as falhas do telhado?
Os papéis e as linhas que me deste estão difusas de nervosas,
Pobres coitadas, jazem felizes de nós dois…
Serei capaz de trazer uma coroa flores?!

Primeiro acto, solto a garganta num gorgulho,
Sei as falas, liberto o orgulho que me mata,
Bato o pé por Moliére e a cortina em brisa no cabelo,
Olho a luz lá no alto, sou Deus naquela noite, sou Deus por uma noite…

A dança e a cantiga são minhas companheiras de infortúnio,
Naquela bênção encomendada,
Piropos, vénias e piruetas, durante toda uma noite louca e minha!

Ultimo acto, um final estrondoso
Fogos de artificio a estalar na estalagem de cultura,
Ninguém estará indiferente ao passar da arte pura,
Sem constrangimentos, sem fios de corda…

Parei só no palco, olho em frente
Desprezaram a verdade em detrimento do doente
Da mentira preguiçosa e suja mas as palmas não ecoaram
Não chegou no fim a peça que seria eternizada!
Mil anos para a relembrar ou para esquecer, será para sempre minha,
Será para sempre inacabada!

Elsa Menoita disse...

se és quem penso: parabésn..mas não me surprende a tua escrita, porque em ti tudo brilha