o que em ti é estranheza para mim, faz-me martelar em forma de
indagações reiteradas com finitude longínqua, mas faz-me, também, palpitar e
prolongar-me o entusiasmo e o desejo retumbante.
o tempo não perdoa, mesmo que supliquemos que espere um pouco, que se
retenha um pouco, que nos permita comprazer com o que não temos sempre. o tempo
é constante, mas a saudade por ti - há quem diga, a saudade de nós
próprios, o amor-próprio, quando junto a outro - nega-me esta constante e fica
a perceção de ab initio do infinito.
a saudade deixa-me suspensa no que foi, no
que queria que fosse, no que deveria ter sido. a saudade fratura-me a vontade
de desejar apenas o que é.
sempre preferi esta angústia dilacerante, porque me permite ter
esperança. esperança do quê, não sei. nunca soube. talvez, esperança de
continuar a sentir o palpitar, o entusiasmo e o desejo retumbante, ad ephesios.
7 comentários:
Gostei da sua visita, tenho que voltar aqui para a ler...
Gostei da sua visita, tenho que voltar aqui para a ler...
a saudade não tem de ser dolorosa, pode ser terna...
obrigada!
;)
Minha querida
passando para agradecer a visita carinhosa e como gostei de tudo o que li aqui, estou seguindo para voltar mais vezes.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Tinha saudades de te ler…
Tinha saudades de te ler…
Palavras bonitas :)
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